sábado, 12 de março de 2011

A amizade de Maridas


Dizem que a amizade verdadeira é tão forte que nunca acaba, que é um sentimento tão único que não há igual e dizem que os verdadeiros amigos são aqueles que estão lá sempre... Concordo... Podemos estar afastadas, sozinhas até, mas não sei como sempre que estou mal apareces tu, uma mensagem, um telefonema, um olá... Faz toda a diferença... Lembro-me de te chamar melhor amiga e de gostar de ti como uma irmã e de pensar que nunca te iria abandonar... Lembro-me dos dias em que não falavamos, dos dias em que desesperadamente chorava sem saber de ti... Precisava de ti, do teu sorriso engraçado que eu nunca conheci... Precisava da tua maneira unica de me completares... Nunca me abandonas-te e eu sei que serás sempre a minha Marida, mesmo que te tenha chamado isso com 15 anos, passados 3 anos continuas a ser como uma irmã e continuas-me a completar como ninguem... Porque aquilo que eu sou hoje não o seria sem te conhecer, porque não existem muitas Carlas como tu, nem muitas amigas assim... Porque mesmo que os nossos destinos continuem a ser paralelos eu sei que posso sempre olhar por ti e tu por mim...

Obrigada pelo dia de ontem, o de hoje e o de Amanhã

Querida Marida *

quinta-feira, 3 de março de 2011

Vem e vai...


Só queria mais tempo para o dia de hoje, de amanha e depois, para todos aqueles dias em que vou no autocarro a olhar para a janela sem ver nada... Só o sol, a sua luz a vir e a ir, vezes e vezes sem conta, por entre as arvores, pelas casas, pelos muros, por todos os obstáculos. Esses dias fazem-me pensar, reflectir até. Como é possivel eu estar aqui a queixar-me do tempo? Dos testes, dos trabalhos das chatices do dia-a-dia? Bem não sei... Mas sei que devia aproveitar mais o meu tempo, parar e olhar para o céu, para o sol, as nuvens e os seus desenhos tão perfeitos que nos fazem sonhar, pelo menos a mim fazem-me sonhar. Quando somos pequenos e nos dizem que alguém morreu dizem que foram para o céu e que se tornaram estrelinhas, as mais brilhantes do céu, tudo para não terem que explicar ou até conjugar o verbo morrer. Mas quando crescemos e alguém morre nós sabemos o que isso é, a principio sente-se um vazio, um vazio estranho, um vazio que te trespassa o coração, destroi-o, mata-o, depois as lágrimas caem sem controlo ou consolo da tua dor, choras, gritas, soluças, entras em pânico, e de repente conjugas o verbo morrer a toda a gente a seguir ao nome da pessoa que desapareceu. Passado um ano não consegues conjugar o verbo morrer a seguir a esse mesmo nome, porque? Porque a tua mente constroi a vida dessa mesma pessoa na tua mente. Estranho han?
Nos dias em que vou no autocarro a olhar para a janela sem ver nada... Só o sol, a sua luz a vir e a ir, vezes e vezes sem conta, por entre arvores, pelas casas, pelos muros, por todos os obstáculos, Esses dias fazem-me pensar em ti...